sábado, 19 de dezembro de 2009
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
terça-feira, 24 de novembro de 2009
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
Hoje ao chegar do trabalho, encontro meu filho Alfredo José, com quem tenho uma conversa séria, diante de seus olhos azuis arregalados e atentos às minhas palavras:
“Meu amor, agora é maçã argentina, laranja lima, Nan Soy e, para completar, as fraldinhas do Chá de Fraldas já se foram, passando a figurar na nossa “listinha” de compras permanentes... Amor do papai, a coisa tá braba, papai é apenas um radialista!”
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
Brasília, outubro de 2009
Alfredo José, meu querido:
Vai aqui para você um cd que eu gosto muito. Espero que curta e fique bem quieto para ouvir este som, que é, sem dúvida, muito bacana!
Acredito que a sua geração ainda irá falar muito dos Beatles, uns rapazes lá de um país que se chama Inglaterra, que encantavam o mundo com suas canções.
O beijo do Tio
Afonso Celso
Alfredo José, meu querido:
Vai aqui para você um cd que eu gosto muito. Espero que curta e fique bem quieto para ouvir este som, que é, sem dúvida, muito bacana!
Acredito que a sua geração ainda irá falar muito dos Beatles, uns rapazes lá de um país que se chama Inglaterra, que encantavam o mundo com suas canções.
O beijo do Tio
Afonso Celso
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
terça-feira, 10 de novembro de 2009
A arte de ser avó*
Rachel de Queiroz
Quarenta anos, quarenta e cinco. Você sente, obscuramente, nos seus ossos, que o tempo passou mais depressa do que esperava. Não lhe incomoda envelhecer, é claro. A velhice tem suas alegrias, as sua compensações - todos dizem isso,embora você pessoalmente, ainda não as tenha descoberto - mas acredita.
Todavia, também obscuramente, também sentida nos seus ossos, às vezes lhe dá aquela nostalgia da mocidade.
Não de amores nem de paixão; a doçura da meia-idade não lhe exige essas efervescências. A saudade é de alguma coisa que você tinha e lhe fugiu sutilmente junto com a mocidade. Bracinhos de criança no seu pescoço. Choro de criança. O tumulto da presença infantil ao seu redor. Meu Deus, para onde foram as suas crianças? Naqueles adultos cheios de problemas, que hoje são seus filhos, que têm sogro e sogra, cônjuge, emprego, apartamento e prestações, você não encontra de modo algum as suas crianças perdidas. São homens e mulheres -não são mais aqueles que você recorda.
E então, um belo dia, sem que lhe fosse imposta nenhuma das agonias da gestação ou do parto, o doutor lhe põe nos braços um menino. Completamente grátis – nisso é que está a maravilha. Sem dores, sem choro, aquela criancinha da sua raça, da qual você morria de saudades, símbolo ou penhor da mocidade perdida. Pois aquela criancinha, longe de ser um estranho, é um menino que se lhe é "devolvido". E o espantoso é que todos lhe reconhecem o seu direito sobre ele, ou pelo menos o seu direito de o amar com extravagância; ao contrário, causaria escândalo ou decepção, se você não o acolhesse imediatamente com todo aquele amor que há anos se acumulava, desdenhado, no seu coração.
Sim, tenho a certeza de que a vida nos dá os netos para nos compensar de todas as mutilações trazidas pela velhice. São amores novos, profundos e felizes, que vêm ocupar aquele lugar vazio, nostálgico, deixado pelos arroubos juvenis.
Aliás, desconfio muito de que netos são melhores que namorados, pois que as violências da mocidade produzem mais lágrimas do que enlevos. Se o Doutor Fausto fosse avô, trocaria calmamente dez Margaridas por um neto...
No entanto! Nem tudo são flores no caminho da avó. Há, acima de tudo, o entrave maior, a grande rival: a mãe. Não importa que ela, em si, seja sua filha.
Não deixa por isso de ser a mãe do neto. Não importa que ela hipocritamente, ensine a criança a lhe dar beijos e a lhe chamar de "vovozinha" e lhe conte que de noite, às vezes, ele de repente acorda e pergunta por você. São lisonjas, nada mais. No fundo ela é rival mesmo. Rigorosamente, nas suas posições respectivas, a mãe e a avó representam, em relação ao neto, papéis muito semelhantes ao da esposa e da amante nos triângulos conjugais. A mãe tem todas as vantagens da domesticidade e da presença constante. Dorme com ele, dá-lhe banho, veste-o, embala-o de noite. Contra si tem a fadiga da rotina, a obrigação de educar e o ônus de castigar.
Já a avó não tem direitos legais, mas oferece a sedução do romance e do imprevisto. Mora em outra casa. Traz presentes. Faz coisas não programadas. Leva a passear, "não ralha nunca". Deixa lambuzar de pirulito. Não tem a menor pretensão pedagógica. É a confidente das horas de ressentimento, o último recurso dos momentos de opressão, a secreta aliada nas crises de rebeldia. Uma noite passada em sua casa é uma deliciosa fuga à rotina, tem todos os encantos de uma aventura. Lá não há linha divisória entre o proibido e o permitido, antes uma maravilhosa subversão da disciplina. Dormir sem lavar as mãos, recusar a sopa e comer croquetes, tomar café, mexer na louça, fazer trem com as cadeiras na sala, destruir revistas, derramar água no gato, acender e apagar a luz eletrica mil vezes se quiser - e até fingir que está discando o telefone. Riscar a parede com lápis dizendo que foi sem querer - e ser acreditado!
Fazer má-criação aos gritos e em vez de apanhar ir para os braços do avô, e lá escutar os debates sobre os perigos e os erros da educação moderna...
Sabe-se que, no reino dos céus, o cristão defunto desfruta os mais requintados prazeres da alma. Porém não estarão muito acima da alegria de sair de mãos dadas com o seu neto, numa manhã de sol. E olhe que aqui embaixo você ainda tem o direito de sentir orgulho, que aos bem-aventurados será defeso. Meu Deus, o olhar das outras avós com seus filhotes magricelas ou obesos, a morrerem de inveja do seu maravilhoso neto!
E quando você vai embalar o neto e ele, tonto de sono, abre um olho, lhe reconhece, sorri e diz "Vó", seu coração estala de felicidade, como pão ao forno.
E o misterioso entendimento que há entre avó e neto, na hora em que a mãe castiga, e ele olha para você, sabendo que, se você não ousa intervir abertamente, pelo menos lhe dá sua incondicional cumplicidade.
Até as coisas negativas se viram em alegrias quando se intrometem entre avó e neto: o bibelô de estimação que se quebrou porque o menino - involuntariamente!- bateu com a bola nele. Está quebrado e remendado, mas enriquecido com preciosas recordações: os cacos na mãozinha, os olhos arregalados, o beicinho pronto para o choro; e depois o sorriso malandro e aliviado porque "ninguém" se zangou, o culpado foi a bola mesma, não foi, vó? Era um simples boneco que custou caro. Hoje é relíquia: não tem dinheiro que pague.
*Este texto da quixadaense Rachel de Queiroz é um carinho meu em minhas avós Teresa e Valdéria, que estão muito presentes em minha vida.
Rachel de Queiroz
Quarenta anos, quarenta e cinco. Você sente, obscuramente, nos seus ossos, que o tempo passou mais depressa do que esperava. Não lhe incomoda envelhecer, é claro. A velhice tem suas alegrias, as sua compensações - todos dizem isso,embora você pessoalmente, ainda não as tenha descoberto - mas acredita.
Todavia, também obscuramente, também sentida nos seus ossos, às vezes lhe dá aquela nostalgia da mocidade.
Não de amores nem de paixão; a doçura da meia-idade não lhe exige essas efervescências. A saudade é de alguma coisa que você tinha e lhe fugiu sutilmente junto com a mocidade. Bracinhos de criança no seu pescoço. Choro de criança. O tumulto da presença infantil ao seu redor. Meu Deus, para onde foram as suas crianças? Naqueles adultos cheios de problemas, que hoje são seus filhos, que têm sogro e sogra, cônjuge, emprego, apartamento e prestações, você não encontra de modo algum as suas crianças perdidas. São homens e mulheres -não são mais aqueles que você recorda.
E então, um belo dia, sem que lhe fosse imposta nenhuma das agonias da gestação ou do parto, o doutor lhe põe nos braços um menino. Completamente grátis – nisso é que está a maravilha. Sem dores, sem choro, aquela criancinha da sua raça, da qual você morria de saudades, símbolo ou penhor da mocidade perdida. Pois aquela criancinha, longe de ser um estranho, é um menino que se lhe é "devolvido". E o espantoso é que todos lhe reconhecem o seu direito sobre ele, ou pelo menos o seu direito de o amar com extravagância; ao contrário, causaria escândalo ou decepção, se você não o acolhesse imediatamente com todo aquele amor que há anos se acumulava, desdenhado, no seu coração.
Sim, tenho a certeza de que a vida nos dá os netos para nos compensar de todas as mutilações trazidas pela velhice. São amores novos, profundos e felizes, que vêm ocupar aquele lugar vazio, nostálgico, deixado pelos arroubos juvenis.
Aliás, desconfio muito de que netos são melhores que namorados, pois que as violências da mocidade produzem mais lágrimas do que enlevos. Se o Doutor Fausto fosse avô, trocaria calmamente dez Margaridas por um neto...
No entanto! Nem tudo são flores no caminho da avó. Há, acima de tudo, o entrave maior, a grande rival: a mãe. Não importa que ela, em si, seja sua filha.
Não deixa por isso de ser a mãe do neto. Não importa que ela hipocritamente, ensine a criança a lhe dar beijos e a lhe chamar de "vovozinha" e lhe conte que de noite, às vezes, ele de repente acorda e pergunta por você. São lisonjas, nada mais. No fundo ela é rival mesmo. Rigorosamente, nas suas posições respectivas, a mãe e a avó representam, em relação ao neto, papéis muito semelhantes ao da esposa e da amante nos triângulos conjugais. A mãe tem todas as vantagens da domesticidade e da presença constante. Dorme com ele, dá-lhe banho, veste-o, embala-o de noite. Contra si tem a fadiga da rotina, a obrigação de educar e o ônus de castigar.
Já a avó não tem direitos legais, mas oferece a sedução do romance e do imprevisto. Mora em outra casa. Traz presentes. Faz coisas não programadas. Leva a passear, "não ralha nunca". Deixa lambuzar de pirulito. Não tem a menor pretensão pedagógica. É a confidente das horas de ressentimento, o último recurso dos momentos de opressão, a secreta aliada nas crises de rebeldia. Uma noite passada em sua casa é uma deliciosa fuga à rotina, tem todos os encantos de uma aventura. Lá não há linha divisória entre o proibido e o permitido, antes uma maravilhosa subversão da disciplina. Dormir sem lavar as mãos, recusar a sopa e comer croquetes, tomar café, mexer na louça, fazer trem com as cadeiras na sala, destruir revistas, derramar água no gato, acender e apagar a luz eletrica mil vezes se quiser - e até fingir que está discando o telefone. Riscar a parede com lápis dizendo que foi sem querer - e ser acreditado!
Fazer má-criação aos gritos e em vez de apanhar ir para os braços do avô, e lá escutar os debates sobre os perigos e os erros da educação moderna...
Sabe-se que, no reino dos céus, o cristão defunto desfruta os mais requintados prazeres da alma. Porém não estarão muito acima da alegria de sair de mãos dadas com o seu neto, numa manhã de sol. E olhe que aqui embaixo você ainda tem o direito de sentir orgulho, que aos bem-aventurados será defeso. Meu Deus, o olhar das outras avós com seus filhotes magricelas ou obesos, a morrerem de inveja do seu maravilhoso neto!
E quando você vai embalar o neto e ele, tonto de sono, abre um olho, lhe reconhece, sorri e diz "Vó", seu coração estala de felicidade, como pão ao forno.
E o misterioso entendimento que há entre avó e neto, na hora em que a mãe castiga, e ele olha para você, sabendo que, se você não ousa intervir abertamente, pelo menos lhe dá sua incondicional cumplicidade.
Até as coisas negativas se viram em alegrias quando se intrometem entre avó e neto: o bibelô de estimação que se quebrou porque o menino - involuntariamente!- bateu com a bola nele. Está quebrado e remendado, mas enriquecido com preciosas recordações: os cacos na mãozinha, os olhos arregalados, o beicinho pronto para o choro; e depois o sorriso malandro e aliviado porque "ninguém" se zangou, o culpado foi a bola mesma, não foi, vó? Era um simples boneco que custou caro. Hoje é relíquia: não tem dinheiro que pague.
*Este texto da quixadaense Rachel de Queiroz é um carinho meu em minhas avós Teresa e Valdéria, que estão muito presentes em minha vida.
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
terça-feira, 3 de novembro de 2009
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
terça-feira, 27 de outubro de 2009
terça-feira, 20 de outubro de 2009
terça-feira, 13 de outubro de 2009
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
terça-feira, 8 de setembro de 2009
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
quinta-feira, 30 de julho de 2009
Vovó Valdéria
Avó é mãe em dose dupla. E a vovó Valdéria, que sempre soube ser mãe em toda extensão da palavra, com seu exemplo de generosidade e afeto descobre em mim uma nova forma de amor. Também incondicional, também sem medida como é todo amor de verdade. A ela que me amou desde o primeiro momento meu carinho e gratidão, por tão bem saber ser mãe e avó, uma doce presença que irá me acompanhar por toda a minha vida.
Amamos você!!!
terça-feira, 28 de julho de 2009
segunda-feira, 27 de julho de 2009
Cheguei!!!
Com três quilos, quatrocentos e vinte gramas e cinqüenta e um centímetros, cheguei para alegrar a vida do papai, da mamãe e de todos aqueles que me amaram desde o primeiro momento. Em pleno sábado, ao meio dia, meu chorinho fez disparar o coração do papai e quando mamãe me pegou em seus braços pude sentir o amor em seus olhos, no descortinar de um novo tempo para a nossa família. Que Deus nos abençoe e a todos vocês que acompanharam essa história até aqui e que vão me acompanhar pessoalmente e através do blog.
Um novo tempo começa e com ele novas esperanças e descobertas.
Beijinhos do Alfredinho, do papai e da mamãe.
Um novo tempo começa e com ele novas esperanças e descobertas.
Beijinhos do Alfredinho, do papai e da mamãe.
Minha Lembrancinha
Minha chegada está sendo marcada por muito amor e fé. Com as bênçãos de Santo Antonio, padroeiro do nosso Quixeramobim, que protege a todos nós, estamos recebendo o carinho daqueles que nos são queridos e ofertando uma pequena lembrancinha para fortalecer a fé e a esperança no coração de todos nós.
É um momento muito especial, onde não podemos deixar de celebrar o milagre da vida e a fé que anima os nossos corações.
Obrigado meu Deus!
Beijos do Alfredinho
sábado, 11 de julho de 2009
Nove meses e cinco dias
Olha só: minha mãe, meu pai e eu, no barrigão da mamãe!
Agora falta pouco para eu chegar, pode ser a qualquer hora... eu ainda vou decidir! Rsrsrsrs
Todos estão ansiosos para me conhecer e me pegar nos braços.
Eu já posso sentir o quanto sou amado por todos e, por isso, fico muito feliz!!
Beijinhos para todos vocês!
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